Numa intervenção em que começou por se referir ao “crescimento moderado” do turismo português mais ainda assim “acima da Europa”, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal foi ao Congresso da AHP afirmar que “é tempo de agir” e “enfrentar os desafios que se colocam ao desenvolvimento da nossa actividade”.
Francisco Calheiros elencou depois alguns dos desafios que urge ultrapassar, não só no que se refere directamente à actividade turística mas também de âmbito mais genérico, em termos do próprio Estado.
Começou por um desafio “há muito identificado e reclamado pela CTP”, o Aeroporto de Lisboa, sobre o qual afirmou que “não podemos esperar por mais estudos e pareceres, nem analisar outras soluções, já muito analisadas e discutidas” havendo, por isso que avançar sem mais demoras com a solução Montijo.
Também no que toca à actividade turística, o segundo desafio que enumerou e que considerou mesmo uma “ameaça” foi o da “falta de recursos humanos” porque ter recursos humanos à altura é “absolutamente essencial para o turismo”, uma actividade de “depende de pessoas” e em que a “ambição deverá sempre alcançar a excelência do serviço, trabalhando, sempre, com os melhores profissionais”.
Contornar esta “ameaça”, disse, tem que passar por “mais e melhor qualificação profissional”; “mais especialização e reforço da formação; “programas de reconversão para novas competências”; “recurso a canais de circulação de trabalhadores de outros estados da União Europeia e não só; bem como através de uma “melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores no domínio da retribuição, benefícios sociais e motivação”.
A reforma do Estado foi outro dos desafios que destacou, tendo neste ponto afirmado que “merecemos um Estado mais simples e mais próximo das empresas, com menos custos de contexto e menos burocracia”.
Citou ainda o desafio da “crise demográfica” que considerou também uma “ameaça”, afirmando que para a combater há que dar “mais apoios financeiros” às famílias.
*O Turisver.com acompanha o Congresso a convite da AHP